Nesta carta aberta ao público, a Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal (ICEFLU) rechaça a menção de sua doutrina em matérias sensacionalistas, sem que essas estejam alicerçadas em pesquisas científicas sérias e comprovação dos fatos relatados, o que caracteriza uma forma de fazer jornalismo preconceituoso, estereotipado, midiático e pouco idôneo, que busca tão somente repercutir nas redes sociais.
As experiências com ayahuasca vão desde memórias mundanas até visões de reinos do outros mundos, o que influencia a percepção do tempo. Os contextos não indígenas frequentemente se centram em traumas passados, em contraste com as práticas amazônicas, que enfatizam visões futuras ou presentes para a cura. Este aspecto reflete diferenças culturais mais amplas: os contextos ocidentais dão ênfase ao trauma, enquanto as tradições amazônicas ligam a cura à harmonia ecológica e às possibilidades futuras.
Neste relato pessoal, o jornalista brasileiro Marcelo Leite fala sobre como a sua carreira de jornalista científico passou a ter os psicodélicos como foco. Ele conta sobre suas experiências pessoais, a história dos psicodélicos no Brasil, sua formação educacional ao longo dos anos, a sobreposição entre a prática brasileira e a ciência ocidental em torno dos psicodélicos e como tudo isso moldou sua prática jornalística.
Neste artigo, Glenn H. Shepard Jr. apresenta um relato colorido e detalhado de sua experiência na Amazônia com os xamãs Matsigenka do Peru, que têm uma forte relação com o tabaco e os beija-flores. Durante essa jornada, foi possível aprender muito sobre as práticas e crenças Matsigenka e as lições que vêm com essas experiências espirituais.
Este artigo explora as tensões, as oportunidades e os riscos presentes no contexto de países do Sul Global, como México, Brasil, Uruguai e Argentina, onde o uso de plantas e substâncias psicoativas não é apenas parte do patrimônio cultural, mas também um campo emergente de pesquisa e comercialização.
A recente decisão da FDA sobre a terapia com MDMA abalou a comunidade psicodélica, provocando uma reflexão tardia sobre o acesso, a equidade e a mercantilização das medicinas sagradas.
Este ensaio explora a relação entre o recente boom no cultivo de cogumelos DIY (faça você mesmo) e o consumo de cogumelos psicodélicos, à medida que ambos os tópicos se tornam mais populares.
A Sacred Plant Alliance (SPA) é uma associação sem fins lucrativos de igrejas psicodélicas que se uniram em companheirismo para compartilhar entre si sua sabedoria e experiência sobre quais são as melhores práticas, como fornecer educação para o público e como lutar pela proteção legal das práticas cerimoniais sagradas. Neste artigo, Allison Hoots, presidente da SPA; Beth Topczewski, diretora de operações da SPA; e Brian Anderson, tesoureiro da SPA, destacam o trabalho principal da organização e como se envolver.
Queering Psychedelics: From Oppression to Liberation in Psychedelic Medicine explora a interseção das identidades queer e a medicina psicodélica. Ele aborda injustiças históricas, defende a inclusão e destaca o potencial transformador dos psicodélicos para indivíduos LGBTQIA+. Por meio de diversas perspectivas, o livro visa criar um futuro mais equitativo e liberado para a pesquisa e a prática psicodélica.
O pedido da FDA para outro estudo de fase 3 da terapia assistida por MDMA atrasa a aprovação, revelando o reducionismo biomédico, a incompreensão dos papéis terapêuticos e os preconceitos sociais contra os psicodélicos. Apesar dos contratempos, a pesquisa continua a influenciar a reforma das drogas e a percepção do público. O Chacruna continua comprometido com a proteção das plantas medicinais, com a defesa das vozes marginalizadas e com a promoção da integração cultural e científica no movimento psicodélico.
Women and Psychedelics: Uncovering Invisible Voices destaca as contribuições negligenciadas das mulheres na história e na ciência dos psicodélicos. Enfatiza os papéis essenciais que as mulheres desempenharam na pesquisa, na terapia e nas práticas culturais em diferentes regiões e épocas, desafiando as narrativas tradicionais da história psicodélica, dominadas pelos homens.
No centro de muitas discussões sobre a globalização da ayahuasca está a mercantilização da bebida e os dilemas éticos que ela apresenta. Esta discussão torna-se ainda mais atual com a expansão internacional da ayahuasca e o aumento de praticantes motivados pelo ganho financeiro.
No final de julho acontecerá a 34ª Reunião Brasileira de Antropologia, o maior evento de antropologia do país, reunindo uma ampla comunidade de docentes, estudantes, pesquisadoras e pesquisadores em uma intensa programação de quatro dias dedicados ao encontro e ao intercâmbio entre cientistas e pensadores sociais dos cinco cantos do território.
A guerra contra as drogas na América Latina e no Caribe afetou negativamente os povos indígenas da região. Essa abordagem do mercado de drogas ilegais, conduzida pelos EUA, baseia-se em uma estratégia militarizada que reprime os consumidores, prende em massa as populações mais pobres e é usada para promover os interesses das elites e do capitalismo global.
A popularização dos psicodélicos é uma coisa boa? Bia Labate e Henrique Antunes se inspiram nessa pergunta para apresentar uma visão diferente da ciência e da cultura psicodélicas em seu discurso de abertura.