ICEFLU
A ICEFLU foi criada no Estado do Acre em outubro de 1974 pelo Padrinho Sebastião Mota com o nome de CEFLURIS. Congrega hoje aproximadamente 100 filiais no Brasil e no exterior e tem a sua sede na Vila Céu do Mapiá na Floresta Nacional do Purus no Estado do Amazonas.
A ICEFLU – Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal tem como patrono e fundador o Padrinho Sebastião Mota de Melo. Nossa instituição acabou de completar neste ano que se finda, cinquenta anos de existência durante os quais tem dado uma importante e sólida contribuição para a consolidação e expansão do movimento ayahuasqueiro em todo mundo.
Isso acontece desde as perseguições da polícia em Rio Branco na década de 1970, quando o padrinho Sebastião foi o único dirigente a manter o Santo Daime na sua mesa de trabalho. Foi ele também que recebeu, ainda no Rio do Ouro em 1982, louvores da parte do coronel Guarino, chefe da primeira comissão de estudos que abriu o caminho para a luta pela legalização da bebida sacramental em nosso país, em plena vigência da ditadura militar.
Foi ele também que esteve presente nas visitas do GT/Ayahuasca do CONFEN – Conselho Federal de Entorpecentes ao Céu do Mapiá em 1986, que suspendeu a proibição de 1985 da DIMED, atual ANVISA. E finalmente, herdeiros deste seu legado, fomos também nós da ICEFLU que desempenhamos um papel igualmente importante em 2006/2007 na regulamentação definitiva do nosso sacramento pelo GMT/ CONAD, através da publicação dos “Princípios Deontológicos do uso religioso da Ayahuasca”.
Durante tudo o que se segue, sempre mantivemos um diálogo respeitoso com todas as autoridades governamentais, procurando vencer os desafios da nossa expansão e evoluir nas nossas práticas institucionais e organizativas. Resumindo, podemos dizer que a imagem do Padrinho Sebastião e da ICEFLU deveriam ser reconhecidas e respeitadas, por se constituírem num pilar fundamental da difusão sadia desta tradição espiritual amazônica em todo o mundo. Para atestar isso basta ir ver como a nossa Doutrina é praticada em todas nossas filiais em diversas partes do mundo, onde elas são regularizadas e/ou consentidas.
No entanto, vemos frequentemente nosso nome e dos nossos anciões envolvidos em matérias sensacionalistas, sem que essas estejam alicerçadas em pesquisas científicas sérias e comprovação dos fatos relatados, o que caracteriza uma forma de fazer jornalismo preconceituoso, estereotipado, midiático e pouco idôneo, que busca tão somente repercutir nas redes sociais.
Isso fica claro, para citar alguns casos concretos, quando vemos a insistência em vincular a ICEFLU e a figura dos nossos anciãos nos recentes casos envolvendo os senhores Paulo Roberto, Maurílo Reis, Gê Marques e de outros citados, que há décadas não mantêm nenhum tipo de vínculo institucional com a nossa organização.
Já afirmamos em nossas notas oficiais e respostas que repudiamos veementemente qualquer tipo de transgressão espiritual, ética e criminal, venha de onde vier. E que também temos procurado evoluir na escuta e no acolhimento de denúncias que aconteçam dentro da nossa jurisdição. Para isto existe um grupo de trabalho de mulheres e também de lideranças masculinas empenhados em fazer frente à todas estas pautas que o tempo nos traz.
Da mesma forma, repudiamos veementemente a acusação caluniosa de que usamos cocaína e outras drogas pesadas em nossos trabalhos, veiculada pelo senhor Jules Evans, baseada em informações falsas e ilações levianas das fontes consultadas para essas matérias. Da mesma forma, repudiamos também que haja algum tipo de dolo ou irresponsabilidade na formação e condução que damos no caso de nossas crianças e jovens, baseados que estamos na irrepreensível Resolução da Câmara de Assessoramento Técnico do CONAD de 2004, que nos garante o direito de legar nossa cultura e tradição espiritual aos nossos filhos e filhas, desde que respeitando o poder familiar, através da autorização expressa de ambos os pais. Diga-se de passagem, uma legislação da qual muito nos orgulhamos e que deveria ser um exemplo a ser seguido em todo o mundo.
Em face ao exposto, agradecemos ao espaço que nos foi dado pelo site do Instituto Chacruna para nos posicionar de forma clara ante a este tipo de denúncias que visam mostrar-nos como algum “culto” ou “seita manipuladora de consciências e envolvida em condutas criminosas. Agindo dessa forma, este tipo de jornalismo adere às fake news tão em voga nas redes sociais, fornecendo estereótipos para que setores e governos conservadores se alimentem de seus preconceitos e argumentos para basear retrocessos jurídicos, responsáveis em nos estigmatizar, numa clara invasão dos nossos direitos de liberdade religiosa.
Secretaria Executiva ICEFLU
Departamento Jurídico ICEFLU
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