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O que você sabe sobre a ciência psicodélica no Brasil?

Marcelo Leite
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Marcelo Leite es un periodista científico brasileño. Actualmente escribe el blog Virada Psicodélica. Su libro "Psiconautas - Viajes con la ciencia psicodélica brasileña" salió a la venta en mayo de 2021.
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Marcelo Leite é jornalista científico brasileiro. Atualmente escreve o blog Virada Psicodélica. Seu livro “Psiconautas - Viagens com a Ciência Psicodélica Brasileira” foi lançado em maio de 2021.

A pesquisa biomédica no Brasil ficou em terceiro lugar em artigos de alto impacto, mas em grande parte ignora questões levantadas por uma longa tradição de estudos humanísticos estimulados por rituais de ayahuasca.


Ayahuasca

Em fevereiro de 2021, um artigo no Journal of Psychoactive Drugs trouxe à tona um levantamento de 76 publicações sobre psicodélicos clássicos com o maior número total de citações e taxa de citação anual, visando identificar tendências nos trabalhos de alto impacto de cientistas psicodélicos (Lawrence et al., 2021). Com a coautoria de pesquisadores proeminentes no campo, como Roland Griffiths e Robin Carhart-Harris, o artigo dividiu a literatura psicodélica biomédica em duas coortes, uma recente (n = 38), dominada por estudos clínicos com altas taxas de citação, e uma mais antiga (n = 38) que incluiu mais ciência básica e estudos pré-clínicos com repercussão muito menor entre os pares.

A coorte mais recente corresponde ao chamado renascimento psicodélico, uma onda de artigos de alta qualidade publicados desde 1994, ou antes, após uma maré baixa prolongada forçada pela legislação proibicionista a partir da década de 1970.

A coorte mais recente corresponde ao chamado renascimento psicodélico, uma onda de artigos de alta qualidade publicados desde 1994, ou antes, após uma maré baixa prolongada forçada pela legislação proibicionista a partir da década de 1970. Essa nova onda de investigações concentrou-se em experimentos com psilocibina e foi produzida principalmente nos EUA (15 estudos) e no Reino Unido (13), mas o artigo de 2021 incluiu um concorrente um tanto surpreendente: o Brasil, com 5 estudos, ficou em terceiro lugar, à frente de Suíça (4 artigos).

O motivo da posição de destaque do Brasil é a ayahuasca, cujo uso religioso foi reconhecido no país a partir de 1987, e totalmente regulamentado em 2010, tornando-o disponível para pesquisadores desde que tenham autorização da Anvisa (equivalente ao FDA). A nação sul-americana tem uma longa história de pesquisa com substâncias psicoativas; a cannabis, a princípio, porém mais recentemente com a bebida cerimonial preparada com as folhas do arbusto chacrona ( Psychotria viridis ) e a casca do mariri ou cipó jagube ( Banisteriopsis caapi).

Arte de Karina Alvarez

No caso da ayahuasca, essa tradição remonta à década de 1990, quando a União do Vegetal (UDV), uma das igrejas urbanas brasileiras que utilizam a bebida como sacramento, iniciou o Projeto Hoasca em 1991, em colaboração com Denis McKenna e Charles Grob. A iniciativa resultou na publicação de estudos pioneiros sobre os efeitos da bebida em humanos, um dos quais comparou 15 ayahuasqueiros de longa data em rituais com indivíduos saudáveis ​​que não tinham experiência com a bebida e concluiu que os membros da UDV apresentavam níveis mais baixos de ansiedade e observou que 11 em 15 haviam se livrado do abuso de álcool (Grob et al., 1996).

Outro estudo do Projeto Hoasca, conduzido por Grob e Dartiu Xavier Silveira, comparou 40 ayahuasqueiros adolescentes com 40 jovens e mostrou níveis mais baixos de ansiedade e déficit de atenção no primeiro grupo (Silveira et al., 2005). Por muitos anos, Silveira liderou um grupo de pesquisadores psicodélicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que também investigou a ibogaína, uma substância que também tem uma longa história no Brasil (mais sobre a ibogaína adiante).

O sexto artigo mais citado, de acordo com a pesquisa de Lawrence em 2021, foi um estudo randomizado pioneiro da ayahuasca, o primeiro estudo do mundo a utilizar substância psicodélica em pacientes com depressão e resistentes ao tratamento, controlado por um grupo placebo. O estudo foi realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) por Fernanda Palhano-Fontes e colegas da equipe do Instituto do Cérebro, liderada por Dráulio Barros de Araújo (Palhano-Fontes et al., 2019) . Até então, o trabalho acumulava uma média de 38 citações por ano; não muito longe das 50,2 citações obtidas pelos artigos de melhor desempenho (os registros do PubMed indicam um total de 147 citações para o artigo até hoje).

Esse foi o ápice de uma linha de investigação com canabinoides e ayahuasca iniciada anos antes na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), por José Alexandre Crippa e Jaime Hallak, com produtiva colaboração do grupo de Jordi Riba, na Espanha. Araújo havia feito pesquisa na USP antes de se mudar para a UFRN, publicando com Sidarta Ribeiro um estudo pioneiro de imagens cerebrais sob a influência da bebida (Araújo et al., 2012).

Um ensaio preliminar com ayahuasca para depressão também foi realizado em Ribeirão Preto em 2015 (Osorio et al., 2015). Rafael Guimarães dos Santos, outro membro da equipe de Hallak, hoje lidera uma série de estudos, abrangendo depressão, ansiedade social, transtorno de abuso de substâncias, ansiedade em pacientes com câncer, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), efeitos de múltiplas doses de ayahuasca, ayahuasca em comparação com a cetamina e a interação da bebida com o sistema canabinoide cerebral.

“O preparo da Ayahusca” por Terpsichore/Wikimedia Commons

DMT

Após o teste controlado da ayahuasca para depressão, Araújo idealizou na UFRN o Projeto Duna, conhecido informalmente em seu grupo como “DMT de A a Z” (DMT significa dimetiltriptamina, um componente psicoativo da ayahuasca). Envolve testar os efeitos antidepressivos de DMT puro, em vez da própria bebida, tanto na forma inalada quanto na forma de injeção intramuscular, como uma forma de encurtar a duração da jornada psicodélica. Em vez de quatro horas de viagem após a ingestão da bebida, as sessões de dosagem duram 10 minutos e cerca de 1 hora, respectivamente, o que pode tornar o tratamento para depressão mais acessível, caso seja aprovado, pois não haverá necessidade de manter um ou dois terapeutas ao lado do paciente por longas horas.

Além disso, o Projeto Duna envolve amostragem sistemática e extração da DMT da árvore jurema-preta ( Mimosa tenuiflora ), uma das muitas plantas que contêm a substância, para depois analisar diferentes concentrações da substância psicodélica em diferentes estações do ano, no esperança de encontrar pistas sobre a função biológica da DMT no metabolismo da planta. Paralelamente, Araújo, em parceria com o departamento de química da UFRN, começou a sintetizar DMT localmente. (Como nota de rodapé histórica, vale mencionar que a DMT foi isolada e identificada pela primeira vez em 1946 a partir de M. tenuiflora sob o nome nigerina, pelo pelo químico brasileiro Oswaldo Gonçalves de Lima em Pernambuco [Leite, 2022a].) Outra ramificação do Projeto Duna da UFRN, liderada por Nicole Galvão-Coelho, investiga os efeitos da DMT na inflamação, níveis de cortisol e BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro, um hormônio envolvido na neurogênese), com o auxílio de modelos animais e também em amostras humanas [Galvão-Coelho et al., 2020]).

Lucas Oliveira Maia, também integrante da equipe de Araújo, está expandindo as pesquisas com psicodélicos para a área de cuidados paliativos, em parceria com Ana Cláudia Mesquita Garcia, enfermeira e professora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). Eles publicaram uma revisão sistemática (Maia et al., 2022) sobre o assunto e concluíram a partir de 20 artigos selecionados (640 pacientes, 75% dos quais com diagnóstico de câncer) que a terapia assistida por psicodélicos tem potencial para reduzir a ansiedade e a depressão, mostrando poucos efeitos adversos.

O Instituto de Psiquiatria da USP em São Paulo, em colaboração com a UNIFESP, está planejando um estudo multicêntrico para testar a ayahuasca como tratamento para o abuso de álcool. Segundo André Negrão, um dos principais investigadores, o protocolo está em análise pelo Conselho de Revisão Institucional (comitê de ética) do instituto.

Outra linha de pesquisa que investiga os benefícios da ayahuasca para o transtorno do luto prolongado está sendo desenvolvida na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA),  por Francisney Nascimento e seus alunos no laboratório de neurofarmacologia clínica em Foz do Iguaçu. Eles completaram uma primeira rodada com seis pacientes e estão se preparando para uma segunda com 20; desta vez, em um estudo randomizado controlado por placebo. O laboratório de Nascimento também está em negociações com uma empresa brasileira para organizar um ensaio clínico com psilocibina para uma condição ainda não divulgada no segundo semestre de 2023.


Psilocibina

O financiamento privado de pesquisas psicodélicas não é comum no Brasil, onde a ciência é quase exclusivamente patrocinada por órgãos federais e estaduais. Uma exceção é a Scirama, uma empresa iniciada em 2021 por investidores da cannabis para entrar no novo campo. Entre os estudos planejados para 2023 está um ensaio para depressão pós-Covid, onde os benefícios da psicoterapia assistida com psilocibina serão comparados aos do spray nasal Spravato (escetamina) com 90 voluntários (30 em cada grupo, mais um grupo placebo), conduzido por Daniel Mograbi na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A empresa também está investindo no desenvolvimento de moléculas e formulações, como um spray nasal de harmina (um dos alcaloides da bebida ayahuasca) para o mal de Alzheimer, que agora está sendo testado em modelos animais. A Scirama também atua como prestadora de serviços, comercializando uma plataforma de testes in vitro para compostos psicodélicos que emprega organoides cerebrais (aglomerados de células cerebrais diferenciadas) para investigar seus efeitos bioquímicos no sistema nervoso. A plataforma foi desenvolvida por Stevens Rehen na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Instituto de Pesquisa D’Or (IDOR) (Dakic et al., 2016), e a Scirama acaba de licenciá-la para a empresa francesa de biotecnologia AGS Therapeutics.

Para completar o portfólio brasileiro de pesquisa psicodélica da ayahuasca, deve-se mencionar o programa de sequenciamento dos genomas de P. viridis (chacrona) e B. caapi (mariri) implementado por Francisco Prosdocimi na UFRJ e Alessandro Varani em outra universidade do Estado de São Paulo, UNESP, em seu campus Jaboticabal. Eles publicaram a sequência de DNA de mitocôndrias e cloroplastos de chacruna em outubro (Varani et al., 2022) e agora estão a poucos passos de completar os dois genomas nucleares, na esperança de fornecer indicações sobre as vias metabólicas pelas quais as plantas produzem seus alcalóides.


MDMA e LSD

Outras substâncias psicodélicas também foram investigadas no Brasil, mas não tão extensivamente quanto no caso da ayahuasca. Eduardo Schenberg, originalmente da UNIFESP e agora no Instituto Phaneros, conduziu um ensaio com MDMA para PTSD (três pacientes) (Jardim et al., 2021). Na Universidade Estadual Paulista de Campinas (UNICAMP), Isabel Wiessner, Marcelo Falchi e Luís Fernando Tófoli publicaram uma série de artigos sobre os efeitos cognitivos do LSD em indivíduos saudáveis, o último dos quais tratou de seu impacto na linguagem (Wiessner e outros, 2023). Sidarta Ribeiro, coautor de alguns desses trabalhos da UNICAMP, e seus alunos da UFRN usam ratos como modelos animais para estudar os efeitos do LSD e da 5-MeO-DMT sobre os padrões de ondas cerebrais.

Em outra nota histórica, nas décadas de 1950 e 1960, o LSD já havia sido investigado no Instituto de Psiquiatria da USP com pacientes psicóticos por Clóvis Martins, mas os estudos foram interrompidos após sua proibição na década de 1970. Antes disso, em outro exemplo, o Delysid da Sandoz havia sido prescrito por psiquiatras e psicoterapeutas brasileiros para tratar o abuso de álcool.


Ibogaína

Outro campo expandido de atividade clínica e de pesquisa psicodélica no Brasil visa a ibogaína, a substância derivada do arbusto da África Ocidental Tabernanthe iboga . Embora não seja um psicodélico clássico, como mescalina, DMT, psilocibina ou LSD, o composto provoca um prolongado e intenso estado alterado de consciência e, desde a década de 1960, supostamente apazigua os sintomas de abstinência e ajuda os viciados a superar o transtorno por uso de substâncias. . A legislação brasileira ainda não regulamentou nem incluiu a ibogaína na lista de substâncias controladas, uma espécie de limbo que permite que médicos a prescrevam e pessoas físicas a importem de países onde o composto está disponível legalmente.

Aliás, algumas clínicas no país já tratam dependentes químicos com ibogaína, a partir da década de 1990, com é o caso do Bruno Rasmussen Chaves, médico que atendeu milhares de usuários de drogas desde então. Hoje ele é sócio das clínicas de cetamina e ibogaína Bienstar Wellness na América Latina. Com Schenberg e Silveira, Chaves publicou uma análise retrospectiva de 75 pacientes SUD que encontrou 61% deles abstinentes meses depois (Schenberg et al., 2014). Um ensaio clínico controlado por placebo com ibogaína foi planejado para inscrever 80 dependentes de cocaína e crack no Instituto de Psiquiatria da USP (Leite, 2021), mas foi suspenso por tempo indeterminado por dificuldades em garantir todas as doses necessárias. Além disso, um teste menor de ibogaína com 12 pacientes dependentes de álcool foi iniciado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP pelo grupo de Santos e Hallak.


Humanidades

O Brasil também tem uma tradição distinta de pesquisa antropológica, histórica e sociológica sobre psicodélicos, principalmente focada no uso da ayahuasca por povos indígenas e religiões estabelecidas, como Santo Daime, Barquinha e UDV (MacRae, 1992; Labate, 2004). Há um campo particularmente forte de estudos antropológicos em torno de outras plantas de poder, como cannabis, coca, jurema, rapé e tabaco. Beatriz Labate e Clancy Cavnar, da Chacruna, organizaram e editaram muitos livros sobre a ayahuasca e sua diáspora em todo o mundo. Henrique Carneiro lidera um ativo grupo de historiadores da USP de São Paulo que deu origem a uma série de dissertações e livros, como História Social do LSD no Brasil[A história social do LSD no Brasil] (Delmanto, 2020). Os estudiosos da religião Luiz Assunção, Rodrigo Grünewald, Sandro Salles, Dilaine Sampaio e Estêvão Palitot estudam a religiosidade do Catimbó ou Jurema Sagrada na região Nordeste do Brasil, que mistura elementos rituais de origem indígena, africana e européia e emprega uma bebida preparada com a planta jurema-preta contendo DMT (Leite, 2022b).

Apesar de toda a atividade acadêmica em torno dos psicodélicos no país e do fato de muitos pesquisadores biomédicos terem contribuído com ensaios e capítulos para os livros de Labate e Cavnar, seria exagero afirmar que há um vibrante intercâmbio intelectual no Brasil entre as duas culturas, pegando emprestado a expressão de CP Snow. Iniciativas recentes para preencher essa lacuna perderam a chance de iniciar uma conversa, pois adquiriram um tom conflituoso que não conduz a um diálogo real.

Um artigo de autoria de Eduardo Schenberg e Konstantin Gerber (Schenberg & Gerber, 2022) questionou a autoridade epistêmica atribuída aos estudos científicos, propondo que injustiças epistêmicas foram cometidas com consequências práticas, culturais, sociais e legais, e levantou dúvidas sobre a autoridade epistêmica baseado no design duplo-cego, no discurso da molecularização e nas questões contextuais sobre segurança. O artigo gerou alguma controvérsia (Labate, et al., 2022; Smith et al., 2022; Leite, 2022c); em parte porque o próprio Schenberg está envolvido em um projeto de pesquisa chamado Expedition Neuron, em parceria com Tomas Palenicek, do Instituto Nacional de Saúde Mental da República Tcheca.

Em abril de 2019, eles organizaram uma viagem à floresta amazônica para realizar um estudo piloto sobre o efeito do uso cerimonial da ayahuasca pela tribo Huni Kuin, por meio da coleta de dados das ondas cerebrais sob a influência da bebida em um cenário naturalista. Com base nesta expedição piloto e estudo de EEG móvel, eles elaboraram um plano “com o objetivo de realizar um experimento maior para entender o efeito fundamental da ayahuasca durante o uso ritual, com grandes implicações para a compreensão científica do conhecimento indígena e das práticas de cura”. (Expedition Neuron, 2019) Não está claro para outros pesquisadores até que ponto esse projeto atende aos altos padrões éticos e requisitos estabelecidos por Schenberg e Gerber em seu artigo sobre injustiça epistêmica.

Em um mundo acadêmico ideal, eles estariam engajados em um esforço conjunto para superar as limitações em ambos os campos, colocando sob análise os próprios pressupostos e condições de contorno que restringem suas investigações.

Este é apenas um exemplo recente de como os dois ecossistemas de pesquisa psicodélica ainda podem ser segregados. Acadêmicos biomédicos e de humanidades ainda não começaram a mobilizar seus respectivos princípios, argumentos e dados como ferramentas para a polinização cruzada entre si, por assim dizer. Em um mundo acadêmico ideal, eles estariam engajados em um esforço conjunto para superar as limitações em ambos os campos, colocando sob análise os próprios pressupostos e condições de contorno que restringem suas investigações.

Os pesquisadores psicodélicos brasileiros nos campos biomédico e de Humanidades devem unir forças e aproveitar a massa crítica de expertise que o país possibilita pela disponibilidade da ayahuasca e sua aceitação cultural e legal. É uma grande oportunidade para avançar o conhecimento psicodélico, para além da estreita medicalização de plantas e compostos usados ​​por milênios com o objetivo ampliar a experiência humana.

Arte de Karina Alvarez


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